quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Críticas dos Leitores

Desculpa, Mas Vou Chamar-te Amor

«O livro é fantástico e imperdível para quem gosta de um bom romance.»
Joana Dias, Páginas Com Memória

«Uns dos trunfos para captar a atenção dos leitores são as constantes alusões a referências culturais, sem desprezar a intensidade dos sentimentos e as atitudes rebeldes que caracterizam a adolescência.

Adoro o seu estilo rápido, ligeiro e coloquial com uma descrição de situações muito próximas da realidade, o que favorece a sua escrita de uma grande fluidez.»
Cátia Silva, Segredo dos Livros

«Uma escrita fluida, cativante e muito divertida. Um livro que aconselho que todos devem ler. Quer acreditemos ou não no amor, mas preparem-se porque vão ficar a suspirar por um amor assim...»
Esmiuça o Livro

Elogios a "Desculpa, Mas Vou Chamar-te Amor"

«Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor é um romance que comove e que não deixa ninguém indiferente, com protagonistas expostos a um vendaval de sentimentos contraditórios, à bondade e à traição, ao amor e à vida.»
Il Messaggero

«Moccia possui uma técnica narrativa impecável. Além disso, consegue fotografar de uma maneira nítida a sociedade actual.»
Secolo d'Italia
«Federico Moccia é um fenómeno literário.»
El País

Entrevista

«Vida como nos livros

"Eu e tu, três metros acima do céu."
Primeiro foram as frases como esta que apareceram escritas nas paredes, em Roma. Depois – tal como as personagens de Quero-te Muito, agora editado em Portugal – homens e mulheres enamorados desataram a colocar cadeados na ponte romana Milvio. Milhares de cadeados. Quem escreveu os livros que assim (co)moveram os leitores foi Federico Moccia, um homem que, aos 44 anos, continua a acreditar no «amore».

Quando começou a escrever?
Aos 19 anos escrevia contos e lia muito. Lembro-me de ler Este Lado do Paraíso durante uma viagem de comboio. Pensei que Scott Fitzgerald escrevia mesmo bem mas que já devia ter alguma idade. Na badana do livro vi que o tinha escrito aos 24 anos! Eu decidi que tinha de publicar um antes dos 30.

Mas não foi fácil, pois não?
Todas as editoras recusaram o meu livro. Então fiz uma edição de autor. Quando o livro esgotou, os jovens começaram a fotocopiá-lo e a passá-lo entre si.

O que sentiu?
Eu não sabia dessa história até o produtor [do filme baseado em Três Metros Acima do Céu] me deixar uma mensagem no atendedor do telefone. Ele tinha ido a uma casa de fotocópias fazer algumas para o filho e encontrou uma rapariga a fotocopiar o meu livro. Perguntou-lhe o que era e ela explicou que todos na escola estavam a lê-lo ou já o tinham lido.

Ao lê-lo e a escrever nas paredes «Eu e tu, três metros acima do céu», imitando as personagens…
É estranho quando um livro se torna realidade. Por outro lado, eu escrevo sobre coisas que estão perto da vida real e que podemos fazer… Todos sonhamos com uma vida diferente, difícil é viver uma vida normal e ser feliz. Com Quero-te Muito repetiu-se a história. Os leitores identificaram-se com as personagens.

Quando é que viu os cadeados [uma vez fechados, a chave é deitada ao rio]?
Uma semana depois de o livro ter sido editado em Itália já havia cadeados nos candeeiros da ponto Milvio. Senti uma emoção muito forte. Mais tarde eram três mil num único candeeiro. O candeeiro podia cair, pelo que os cadeados foram retirados e gerou-se uma polémica… política.

Como reagiu?
Telefonaram-me a perguntar se tinha sido a Direita ou a Esquerda a retirar os cadeados. O que eu disse foi que esta era uma história romântica, sem qualquer conotação política. Não tinha nada a ver com a Direita ou com a Esquerda mas apenas com o amor…

O amor em Roma?
Sim, mas não só. Um amigo enviou-me uma foto de uma ponte na Lituânia onde também foram colocados cadeados.

Mas vê-se – ou antes, lê-se – nos seus livros uma ligação muito forte a Roma, que conhece bem.
Ernest Hemingway dizia: «Escreve sobre aquilo que conheces bem.» E é isso que tenho feito. Roma, talvez como Lisboa, é uma cidade onde existem locais com atmosferas muito diferentes. É quase como se houvesse várias cidades numa única. Mas gostava também de escrever um livro que contivesse um olhar estrangeiro sobre uma cidade... de um italiano em Lisboa, por exemplo.

Há pouco falou de Fitzgerald e agora diz-nos que segue uma máxima de Hemingway. Prefere os autores norte-americanos?
Também gosto de Pessoa… Aquilo de ser vários é muito interessante. Li os Clássicos. Li Maupassant, Tchekhov…

Escreve tendo especialmente em conta o público jovem?
Não há uma idade certa para o amor. O ritual dos cadeados faz sentido para pessoas muito diferentes, que enfrentam um problema na sua relação e querem permanecer juntos ou de alguém com 50 anos. Ninguém é velho para envolver-se neste tipo de movimento. Um aspecto engraçado do livro Quero-te Muito é a vida ter ido ao encontro dele.

Certo é que cativa o público jovem sem escrever livros fantasiosos, ao jeito de Harry Potter.
Escrevo sobre pessoas. Step [personagem de Três Metros Acima do Céu que regressa, mais velho, em Quero-te Muito], por exemplo, é um homem que vem do ambiente violento das ruas mas é boa pessoa. É um homem que, por amor, pode mudar… Gosto de pensar que é possível um homem ser assim – romântico, paladino.

Qual é o tema do seu próximo livro?
Acaba de sair em Itália com o título Amore 14. É sobre uma rapariga de 14 anos e outras duas mulheres, de diferentes gerações, da sua família. São três mulheres que falam de amor.»

Correio da Manhã, 16 de Novembro de 2008