segunda-feira, 6 de junho de 2011

Imprensa: Federico Moccia

«O escritor que apaixonou os miúdos italianos

Dos seus livros nasceram bestsellers, filmes e um movimento que chegou à Muralha da China. O seu quinto romance foi agora publicado em Portugal e Clara Silva falou com o autor

"Três Metros Acima do Céu", o primeiro romance de Federico Moccia, foi rejeitado por todas as editoras italianas em 1992. Mas o escritor de 47 anos resolveu pôr algumas centenas de exemplares a circular entre amigos e conhecidos e continuou a carreira como guionista de cinema e televisão. "Fiquei surpreendido quando as editoras me disseram que não", conta Federico Moccia. "Parecia-me uma história bonita, daquelas que as pessoas gostam de ler. O destino quis que tivesse razão."
Onze anos mais tarde saía-lhe a sorte grande. Um dia, Ricardo Torzi, um produtor de cinema, entrou numa papelaria e reparou numa rapariga que tirava fotocópias. "Qual é a disciplina?", perguntou-lhe, pensando que eram apontamentos da escola. Afinal era um romance. Tozzi apontou o título do livro e perguntou à sobrinha da mesma idade se lhe parecia familiar. "Claro que sim, no liceu já todas lemos". Foi aí que decidiu comprar os direitos de "Três Metros Acima do Céu", a história de amor de dois adolescentes em Roma, e adaptá-lo ao cinema. Por sua vez, Moccia voltava a bater às portas das editoras e seria bem recebido.
O quinto romance do escritor italiano "Desculpa, Mas Quero Casar Contigo", chegou agora às livrarias portuguesas, mas em Itália foi publicado em 2009. É uma continuação de "Desculpa, Mas Vou Chamar-te Amor", um dos bestsellers de Moccia, que não põe de parte um terceiro livro da saga - "depende de Alex e Niki querem voltar a ser protagonistas". É como se as personagens existissem mesmo. Niki, uma adolescente extrovertida de 17 anos, e Alex, um homem bem-parecido de 37 que trabalha numa agência de publicidade, tornaram-se ídolos dos jovens em Itáliam como estrelas de rock ou cinema. "Os mais novos sentem-se próximos da minha escrita porque relato coisas do quotidiano. Por exemplo, uma declaração de amor numa ponte. É normal que um jovem ao ler isto sorria, porque provavelmente já fez uma declaração destas ou gostaria de fazer."
Federico Moccia pode considerar-se pioneiro num movimento. Depois do livro "Quero-te Muito", publicado em Itália em 2006 e em Portugal em 2008, centenas de casais apaixonados decidiram pendurar cadeados com as suas iniciais na Ponte Milvio, em Roma, como as personagens do romance fizeram para selar o seu amor. "Durante uns tempos andei à procura de uma lenda de amor que pudesse funcionar como ritual", explica Moccia. "Como não encontrei nenhuma, decidi inventar esta num lugar simbólico que até então só era conhecido por motivos históricos." A coisa pegou de tal forma que vários monumentos por todo o mundo começaram a ser invadidos por cadeados. Nem mesmo a Muralha da China escapou. "Só me apercebi que isso se estava a passar quando recebi alguns avisos de amigos e fiquei estupefacto. Tentei encontrar alguma coisa que na escrita pudesse ser estandarte do amor e eles adoptaram-no como símbolos, os apaixonados."
Federico Moccia começou como argumentista e ainda não pôs essa carreira de lado. Aliás, quando três dos seus livros ("Três Metros Acima do Céu", "Desculpa, Mas Vou Chamar-te Amor" e "Desculpa, Mas Vou Casar Contigo") foram adaptados ao cinema, foi ele que escreveu o argumento. "Adaptar um romance significa traí-lo um pouco, e isso é inevitável. Os códigos da duas linguagens são diferentes. Mas é uma traição na forma e não na essência."»
Clara Silva, jornal i

2 comentários:

Anónimo disse...

Juliana Fidelis, do Brasil.
Nossa, vóis estais de parabéns!! Muito bom o blog. Eu nunca encontro informações sobre o Federico em lugar nenhum, quanto mais em português! Continuem assim. Está muito bom mesmo.

Anónimo disse...

Fredericco caro,
¿Podría dar un 3msc definitiva la historia , para el segundo libro y la película tiene la impresión de que la rejilla debe aver una continuaçã . Yo soy de São Paulo Brasil , y aquí está haciendo un gran éxito , pero debe tener un fin. Aprecio y estoy esperando una respuesta
Abrazos Anna